FINANÇAS: administrando os problemas causados pelo dinheiro na vida a dois

Você sabia que, segundo pesquisas, as finanças são o segundo maior motivo de brigas e separações entre os casais na atualidade, perdendo somente para a infidelidade?

Posso afirmar que 90% dos casais que chegam ao meu consultório enfrentam dificuldades nessa área!

Como dividir as contas? Quem paga o que? Como agir quando um ganha bem mais que o outro? É melhor dividir tudo – gastos e ganhos – ou cada um fica com o seu?

Esses são alguns dos vários questionamentos que surgem quando o assunto é dinheiro.

Vamos tentar desvendar um pouco mais sobre os mistérios que envolvem esse tema tão polêmico na vida do casal.

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Antes de qualquer coisa, precisamos entender que, quando o assunto é dinheiro (assim como em outras questões!), existem inúmeras crenças culturais e pessoais que permeiam e norteiam nossas formas de pensar e agir.

Esse é o ponto-chave que devemos compreender antes de seguir em frente, em busca de soluções.

Isso significa que para que você possa começar a resolver suas diferenças neste campo, é necessário, primeiramente, conhecer de forma profunda quais são suas convicções e certezas sobre o tema das finanças.

Comece por você: compreenda o significado do dinheiro em sua vida. Busque em seu passado o que lhe foi transmitido, quais valores foram sendo colocados a você.

Para tentar ajudá-lo nesta tarefa vou descrever de forma sucinta quatro tipos de personalidades básicas na hora de lidar com dinheiro.

Leia atentamente e procure identificar em qual você se encaixa melhor. Somente depois procure identificar qual a personalidade de seu parceiro.

1 – ACUMULADOR

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O acumulador é aquele tipo de pessoa que sempre guarda e, como o próprio nome diz, acumula mais dinheiro. Não gosta de gastar “à toa” e é, muitas vezes, considerado popularmente como “pão duro”. Preocupa-se bastante com o futuro e costuma ser sempre muito disciplinado e organizado na hora de pagar as contas.

Vantagem: Não tem o hábito de fazer dívidas e suas contas estão sempre em dia.

Desvantagem: Não se permite relaxar e curtir coisas simples, pois evita a todo custo gastos que considera desnecessários, por exemplo, com diversões.

Dica: Equilíbrio é a palavra chave para todos os tipos – e para tudo na vida, não é mesmo? Aprenda a se equilibrar melhor. O fato de ser econômico e organizado é muito positivo, contudo não se pode excluir as necessidades de lazer e diversão. De que vale ter se não podemos viver! Relaxe mais!

 

2 – GASTADOR

gastador

O gastador é aquele que não consegue economizar e juntar nada de dinheiro. Vive o hoje, curte todas as oportunidades e não tem muitas metas a longo prazo. Gosta de satisfazer suas necessidades de lazer e diversão e não abre mão disso.

Vantagem: Sabe relaxar mais e se valorizar na hora de gastar seu dinheiro.

Desvantagem: Quase sempre acaba contraindo dívidas e não consegue crescer financeiramente.

Dica: Equilíbrio! Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar! É preciso saber se divertir, porém também é necessário se organizar para poder crescer.

 3 – NEGADOR

delegador

Este é aquele tipo de pessoa que simplesmente delega todas as funções relacionadas ao dinheiro. Demonstra desinteresse total em aprender e entender sobre assuntos de finanças e prefere se abster, “deixando o barco rolar” e ver no que vai dar. Se tiver alguém pra conduzir então, melhor ainda.

Vantagens: Não se estressa e não costuma causar grandes brigas e discussões na relação.

Desvantagens: Não assume responsabilidades, nem toma as rédeas de sua própria vida financeira.

Dica: Cuidado! Você pode acabar se tornando um peso ao outro. Participe mais!

 4 – MONGE

mongePersonalidade monge é aquela em que a pessoa acredita que dinheiro não é importante, pois não traz felicidade. São pessoas mais espiritualistas e que se preocupam e buscam mais os assuntos da alma que do campo material. Não prestam muita atenção, nem focam na parte financeira.

Vantagem: Geralmente são calmos e mais tranquilos na hora de dialogar. Não sofrem se preocupando com esses assuntos.

Desvantagens: Quer queiram, quer não, estamos no mundo material, movimentado e regido pelo dinheiro. Não adianta querer fugir disso.

Dica: Ser desenvolvido espiritualmente incluiu também saber dominar as coisas materiais, sem ser consumido por elas.

Entenda que é natural que existam diferenças de pensamentos entre vocês e não existe um jeito certo ou errado. Tudo isso simplesmente representa o que vocês aprenderam e armazenaram em suas mentes ao longo da vida.

Todavia, são essas divergências entre as crenças, as prioridades e os interesses que irão gerar os maiores conflitos. Uma vez que vocês consigam olhar e compreender tudo isso, irão ter uma maior chance de dialogar genuinamente e criar acordos mais saudáveis para ambos.

Leia mais sobre Diálogo Genuíno.

O mais importante é que os dois estejam abertos à verdade do outro e, principalmente, à mudança. Para construir o novo modelo – agora do casal – será preciso aceitar alterações em seu modelo pessoal.

Leia o artigo cinco passos para mudanças concretas e permanentes em 2016 e o grande vilão que pode estar te impedindo.

PARTINDO PARA A PRÁTICA!

casal em ação

Existem duas formas de lidar com as finanças do casal e vocês precisarão escolher entre uma e outra:

JUNTOS:

Aqui, vocês compartilharão tudo: débitos e créditos. Juntam os salários, pagam as contas, fazem os investimentos e dividem por igual o que sobrar, para que cada um tenha sua AUTONOMIA na hora dos gastos pessoais.

Destaco a palavra autonomia para que compreendam que é essencial! Já atendi casais em que esse era o principal motivo de desacordos graves: um dos cônjuges se sentir “escravo” das decisões do outro.

Esse é o modelo mais propício para a evolução que estamos vivenciando atualmente, em que ambos trabalham fora. A meu ver, é o ideal, pois ambos sonham juntos e crescem juntos!

Para que funcione, exige muita maturidade e desprendimento por parte daquele que tem o salário maior. Pode ser que se sinta prejudicado. Porém, será preciso decidir se quer mesmo uma vida em comum e feliz com seu parceiro, ou se, para ele, é mais importante manter o poder e o controle em suas mãos.

SEPARADOS:

Cada um fica com o seu ganho e dividem algumas contas, segundo a proporção de cada salário. Nesse padrão, não há muita troca ou participação, é como se cada um vivesse sua história financeira à parte. Ainda é o mais comum.

Mesmo que não seja o ideal, não é ruim e, muitas vezes, pode ser a única opção devido às crenças individuais de um dos parceiros ou de ambos.

Não importa qual seja o modelo que vocês escolham, o essencial é que conversem muito e tomem suas decisões em conjunto!

felicidadePor fim, algumas DICAS SUPER ESPECIAIS que poderão ajudar vocês:

  • Façam sempre “pequenas reuniões” para trocarem ideias e analisarem como estão as finanças e se é necessária alguma alteração no acordo que estabeleceram.
  • Sonhem muito juntos! Jamais deixem de ter sonhos – financeiros e outros – individuais, contudo, procurem compartilhar projetos grandiosos para o futuro de vocês juntos, isso fará toda a diferença na hora das discussões e da busca de entendimento.
  • Estabeleçam metas a curto, médio e longo prazo para suas finanças na vida a dois! Já diz o ditado: duas cabeças pensam melhor que uma e, se trabalharem juntos, com certeza as chances de sucesso financeiro irão se multiplicar.
  • Leiam, os dois, o livro: “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” Gustavo Cerbasi. Pesquisem, estudem e aprendam mais sobre como lidar com os problemas que vocês enfrentam na relação sobre dinheiro.
  • Existem casais, em que um é mais “competente” e organizado na hora de lidar com as finanças. Cabe então ao “menos preparado”, auxiliar e buscar contribuir como pode e não ficar com raiva e tentar punir o outro.
  • Se o acordo do casal for que um trabalhará fora e o outro ficará em casa, cuidando do lar e dos filhos, fiquem atentos para que o que ganha o salário não comece a tratar e considerar o outro como um mero dependente seu. O dinheiro ganho será dos dois, pois cada um cumpre sua parte no acordo.
  • Jamais esqueçam-se que o SER é muito mais importante que o TER. Não permitam que esses conflitos naturais que irão surgir entre vocês em relação ao dinheiro prejudique o amor, a harmonia e a felicidade. Saibam se respeitar e dialogar com sabedoria nessa área da relação também;

É isso! E, como sempre, a chave principal é o DIÁLOGO! Pratiquem sem moderação!

Sigam em frente e construam seu Felizes para Sempre três pontinhos também na vida financeira.

Se você tem alguma dúvida ou pergunta sobre o tema e gostaria que eu respondesse, deixe seu comentário.

Desejo a você e sua família muita riqueza e abundância em todas as áreas de suas vidas!

Grande abraço e até mais!

Assista o vídeo e reflita ainda mais!

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